A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou nesta segunda-feira (25) mais quatro casos da varíola dos macacos em Campinas (SP), o que eleva o total de infectados para sete na cidade. Em SP, houve outros municípios que também registraram alta, e a soma passou de 466 desde a sexta (22) para 590, uma diferença de 26,6%.
“O vírus da monkeypox faz parte da mesma família da varíola e é importante salientar que o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. A transmissão ocorre entre pessoas e o atual surto tem prevalência de transmissão de contato íntimo e sexual”, explicou o estado.
Em nota, a Prefeitura de Campinas disse que todos os casos de monkeypox estão em boa evolução. Todos os infectados são homens, entre 28 e 41 anos.
Três dos moradores contraíram a doença em outra cidade de SP ou outro estado, por isso estes casos são tratados como importados. Já um deles pegou o vírus na metrópole, e é o terceiro caso autóctone da cidade – de transmissão comunitária.
Novos infectados por monkeypox:
- Homem de 30 anos, morador da região Sul, com início de sintomas em 16 de julho. Contraiu a doença em outro Estado, portanto o caso é importado.
- Homem de 41 anos, da região Leste, com início de sintomas em 17 de julho. É importado de outra cidade do Estado de São Paulo.
- Homem de 35 anos, da região Sul, com início de sintomas em 13 de julho. É importado de outra cidade do Estado de São Paulo.
- Homem de 28 anos, da região Sul, com início de sintomas em 18 de julho. Contraiu a doença em Campinas, portanto é caso autóctone.
Moradores que já estavam com a doença:
- Homem de 39 anos, morador da região Leste da cidade e começou com sintomas no dia 7 de julho. O caso é considerado autóctone porque o homem não tem histórico de viagem e participou de eventos na metrópole.
- Homem de 40 anos, não viajou ou teve contato com pessoas sabidamente infectadas (autóctone). Os primeiros sintomas do morador, que reside na região Sul de Campinas, apareceram no dia 9 de julho.
- Homem de 31 anos, morador da região Norte que viajou à capital paulista, onde participou de eventos. Começou a sentir os primeiros sintomas no dia 21 de junho, mas procurou atendimento médico apenas no dia 8 de julho.
Infectados não têm relação com quem já tinha a doença
Todos os pacientes confirmados estão com boa evolução do quadro e são acompanhados pela equipe de Vigilância em Saúde, com apoio da Secretaria de Saúde do Estado, disse a administração municipal.
Todos os contactantes estão sendo monitorados, segundo a Secretaria de Saúde de Campinas. As medidas de contenção estão sendo adotadas e a rede de diagnóstico, assistência e rastreamento dos casos está capacitada e estruturada, completou a prefeitura.
Como se prevenir contra a monkeypox
- Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele
- Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença
- Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel
- Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais
- Uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.
- Aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus
- Caroço no pescoço, axila e virilhas
- Febre
- Dor de cabeça
- Calafrios
- Cansaço
- Dores musculares
A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas
- Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.