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PIB terá surpresa positiva no segundo trimestre, apostam economistas

Economistas preveem uma surpresa positiva no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre, apesar dos impactos iniciais das enchentes no Rio Grande do Sul sobre a atividade econômica. A recuperação local e a sustentação da economia nacional contribuíram para essa expectativa. Uma pesquisa realizada pelo jornal Valor com 80 instituições financeiras e consultorias projetou uma alta mediana de 0,9% para o PIB no segundo trimestre em comparação ao primeiro, que já havia registrado um aumento de 0,8%.

Os dados oficiais serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) às 9h de amanhã. A pesquisa também aponta que a estimativa mediana de crescimento do PIB para 2024 é de 2,5%, ligeiramente acima dos 2,4% indicados na última pesquisa Focus do Banco Central. Felipe Sichel, economista-chefe da Porto Asset, sugere que a economia brasileira mantém um perfil de atividade consistente, sem sinais de desaceleração esperada. Ele projeta uma alta de 1,1% para o PIB do segundo trimestre em relação ao primeiro.

Outros indicadores, como o índice de atividade do Banco Central, o IBC-Br, confirmam essa tendência com um aumento de 1,1% no segundo trimestre. Alexandre de Ázara, economista-chefe do UBS BB, aponta que, apesar do desastre das chuvas, o resto do Brasil pode ter crescido mais do que o esperado para atender à demanda da população gaúcha, com uma projeção de crescimento de 1,3% para o PIB agregado no período.

Além disso, setores como a indústria e serviços mostraram crescimentos de 0,7% cada no segundo trimestre, enquanto o varejo ampliado avançou 0,3%. A previsão mediana para o setor de serviços é de crescimento de 0,8% em relação ao trimestre anterior, ainda que represente uma desaceleração em relação à alta de 1,4% do primeiro trimestre.

Enquanto isso, o setor agropecuário deve registrar uma queda de 2% no segundo trimestre, concentrando a maior parte da sua produção no primeiro trimestre do ano. Segundo Diego Martins Silva, gerente de análise macroeconômica da Petros, o setor agropecuário terá pouca influência no resultado geral, com uma estimativa de crescimento de 0,9% do PIB, excluindo agropecuária, no segundo trimestre.

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